terça-feira, 30 de março de 2010

"A difícil transição paulista", Marcio Pochmann


BLOG DO U: Por Marcio Pochmann


QUANDO SE completa a primeira década do século 21, o Estado de São Paulo demonstra viver um de seus maiores desafios históricos, qual seja, o de continuar sendo a locomotiva econômica que dirige o país. Na perspectiva recente, isso parece estar comprometido diante de importantes sintomas de decadência antecipada.Entre 1990 e 2005, por exemplo, o Estado paulista registrou o segundo pior desempenho em termos de dinamismo econômico nacional, somente superando o Rio de Janeiro, último colocado entre os desempenhos das 27 unidades da Federação.Atualmente, o Estado paulista responde por menos de um terço da ocupação industrial nacional -na década de 1980, era responsável por mais de dois quintos dos postos de trabalho em manufatura.Simultaneamente, concentra significativo contingente de desempregados, com abrigo de um quarto de toda mão de obra excedente do país -há três décadas registrava somente um quinto dos brasileiros sem trabalho.Em consequência, percebe-se a perda de importância relativa no total da ocupação nacional, que decaiu de um quinto para um quarto na virada do século passado para o presente.Se projetada no tempo, essa situação pode se tornar ainda mais grave, com São Paulo chegando a responder por menos de 20% da ocupação nacional, por um terço de todos os desempregados e apenas por um quinto do emprego industrial brasileiro no início da terceira década do século 21.Essa trajetória pode ser perfeitamente revertida, uma vez que não há obstáculo econômico sem superação. A resposta paulista, contudo, precisaria vir da montagem de uma estratégia inovadora e de longo prazo que não seja a mera repetição do passado.Na visão da antiga oligarquia paulista, governar seria fundamentalmente abrir estradas, o que permitiria ocupar o novo espaço com o natural progresso econômico. Por muito tempo, o Estado pôde se privilegiar dos largos investimentos governamentais em infraestrutura, o que permitiu transitar das grandes fazendas produtoras e exportadoras de café no século 19 para o imenso e diversificado complexo industrial do século 20.Em apenas duas décadas, o Estado paulista rebaixou a concentração de quase dois terços de sua mão de obra no setor primário para menos de um terço, dando lugar ao rápido crescimento do seu proletariado industrial.Com isso, a ocupação em manufatura convergiu para São Paulo, passando a representar 40% de todos os empregos industriais do país na década de 1960, contra um quarto em 1940.Em virtude disso, o protagonismo paulista reverberou nacionalmente por meio do ideário de que seria a locomotiva a liderar economicamente o Brasil grande. Tanto que não era incomum à época que as lideranças de outros Estados sonhassem com a possibilidade de repetir o caminho paulista. O principal exemplo se deu com a implantação de uma "mini-São Paulo" no meio da Floresta Amazônica, por intermédio da exitosa implantação da Zona Franca de Manaus.Para as décadas vindouras, o futuro tende a exigir a ampliação predominante do trabalho imaterial, cujo principal ativo é o conhecimento.Não significa dizer que as bases do trabalho material (agropecuária e indústria) deixem de ser importantes, pois é estratégico o fortalecimento das novas fontes a protagonizar o dinamismo econômico do século 21.Se houver força política nesse sentido, o Estado de São Paulo poderá transitar para a continuidade da condição de liderança econômica da nação, passando a responder por 40% do total do trabalho imaterial do país.Os esforços de transformação são inegáveis, pois, além da necessária oxigenação de suas instituições, os próximos governos precisariam inverter suas prioridades, com a adoção, por exemplo, de um gigantesco e revolucionário sistema educacional que assegure as condições necessárias do acesso de todos ao ensino, do básico ao superior,ademais da educação para a vida toda e com qualidade.Na sociedade do conhecimento em construção, a liderança econômica não surgirá da reprodução de sistemas de ensino comprometidos com o passado, tampouco de relações governamentais com profissionais da educação compatíveis com o século 19.Ainda há tempo para mudanças contemporâneas, sobretudo quando a política pública é capaz de romper com o governo das ideias ultrapassadas. Sem isso, o fantasma da decadência reaparece, fazendo relembrar as fases de liderança econômica de Pernambuco durante a colônia e do Rio de Janeiro no império.



MARCIO POCHMANN, 47, economista, é presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e professor licenciado do Instituto de Economia e do Centrode Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho daUnicamp. Foi secretário do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da Prefeitura de São Paulo (gestão Marta Suplicy).


Fonte: Folha de S. Paulo - artigo publicado em 30.03 (Tendências / Debates)

segunda-feira, 29 de março de 2010

Suplicy retira candidatura e abre espaço para Mercadante; Marta disputará o Senado


BLOG DO U: O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) anunciou hoje ao comando do PT-SP que abriu mão da pré-candidatura ao governo do Estado. Com isso, a vaga de candidato ficará com o senador Aloizio Mercadante (PT-SP).


"Ele retirou candidatura. Foi um gesto nobre. Ele reconheceu que era preciso ter unidade partidária", disse o presidente do PT-SP, Edinho Silva.


Pesquisa Datafolha divulgada hoje mostrou que Suplicy superava Mercadante nas intenções de voto. Ambos, entretanto, estão atrás do tucano Geraldo Alckmin. Contra Alckmin, Suplicy aparece com 19% das intenções de voto; Mercadante tem 13% na mesma disputa.


Segundo Edinho, o PT lançará a candidatura de Mercadante no final de abril. "O partido resolveu repetir a candidatura de Mercadante porque isso ajuda a acumular no processo eleitoral", afirmou.


Entre os argumentos usados por Edinho para defender a escolha de Mercadante está o fato do senador ter sido um dos mais votados da história de São Paulo.


Edinho disse que o futuro da ex-prefeita e ex-ministra Marta Suplicy também está definido. Ela sairá candidata ao Senado.
Fonte: Folha Online - Daniel Roncaglia (Colaboração)

sábado, 27 de março de 2010

PESQUISA (DATA DA FOLHA OU DATAFOLHA) SOBRE SUSPEITA


BLOG DO U: Vejam esta denuncia é importante nós espalharmos a informação, pois o PIG está tentando vitaminar a campanha de Serra enganando a população com pesquisa falsa, olha só isso;


Carlos Doenha Freitas em 27/março/2010 as 11:52


Jornalista Paulo Henrique Amorim


Sou entrevistador do Datafolha há algum tempo e desta vez percebi que a manipulação das entrevistas foi descarada, não podia deixar de denunciar.Participei do trabalho de entrevistas desta pesquisa divulgada hoje que coloca o José Serra na frente da Dilma com 9 pontos.

Posso garantir que sempre são realizadas entrevistas em maior número nos bairros onde vivem as pessoas mais ricas, desta vez então foram realizadas entrevistas nestes bairros em maior número ainda e em fichas em branco no local onde é anotada a região onde a entrevista foi realizada.

Eu e outros pesquisadores ja percebemos isto a muito tempo mas agora foi demais, isto deve estar acontecendo em outros locais do Brasil. Não podiamos deixar de denunciar, esta pesquisa foi manipulada, pode acreditar, a Dilma ja esta até na frente do Serra, pois, nos bairros mais pobres de São Paulo ela esta bem mais na frente, é que a coordenação da pesquisa mandou fazer mais pesquisas onde mora menos gente e as pessoas são mais ricas.

Estamos denunciando isto porque é uma vergonha, a folha e a Globo querem fazer o povo brasileiro de tontos, chega."http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=29164

2009 à 2010 na política: A popularidade de Lula


BLOG DO U: Se Dilma ganhar, algo que hoje parece muito possível, teremos criado, em Lula, uma figura que nossa imaginação política não conhecia e que nossa cultura está preparada para absorver: um líder inconteste, legitimado por um apoio popular quase unânime, porém...


Porém, os comemtarista fizeram no final do ano passado um balanço do ano político que termina, o ano de 2010 que comessa a todo vapor pelos pré-candidatos. Nelas, discutiram três assuntos que poderiam ser considerados os mais importantes de 2009.


Primeiro e o que mais impacto teve na vida política este ano, foi o tamanho da popularidade de Lula. Ela chega, neste mes, a novos níveis históricos e influenciara de maneira decisiva o segundo tema de que trataremos, a maratona eleitoral em direção a 2010, uma corrida tão longa que ameaça deixar esgotados candidatos, eleitores e colunista.


Lula tem hoje uma popularidade que não conhecíamos em nossa experiência democrática, vamos as verdades factual. Sobre os presidentes da República de 1945, quase não há dados comparáveis, mas toda a evidência, baseada em outras fontes, diz que não. Quem consultar a imprensa do período, quem ler seus intérpretes, quem tiver memória própria, saberá que nenhum deles gozou da unanimidade com que conta o Lula.


Fora o fato de todos, com a possível exceção de Dutra, terem enfrentado crises agudas onde seus mandatos foram questionados, através de golpes, ameaças de golpe e sublevações diversas, de origem civil ou militar, porém...


Da redemocratização em diante, o mesmo. Sarney, Collor, Itamar e Fernando Henrique, cada um à sua maneira, tiveram seus auges de aprovação. No governo Sarney, ele foi alcançado dois anos depois da posse e durou alguns meses, na breve vida do Plano Cruzado. Quando o plano acabou de maneira decepcionante, Sarney nunca mais se recuperou.


Já o de Collor foi o mais engraçado, pois aconteceu antes que chegasse ao governo. No intervalo entre a vitória em dezembro de 1989 e a posse em março de 1990, as pesquisas mostraram que eram elevadíssimas as expectativas sobre seu desempenho e a avaliação positiva quase universal. Do discurso de posse ao final antecipado do governo, pelo impeachment provocado pelo povo, no entanto, os números só foram ladeira abaixo.


Itamar experimentou algo parecido, mas terminou de maneira diferente. Quando assumiu, em meio à crise do impeachment, toda sociedade torcia por ele e lhe tinha apreço. Mas seu governo teve uma aprovação sempre declinante, até ser recuperado pelo Plano Real. Se Sarney começou baixo (pela frustração com a morte de Tancredo e a desconfiança que contra ele existia), subiu (com o Cruzado) e terminou mais baixo ainda, Itamar fez o percurso inverso: de alto a baixo e depois a alto de novo, mas...


Mas, a avaliação de Fernando Henrique, o que mais chama a atenção, atualmente, é quão mal ela resistiu à passagem do tempo. Ao contrário dos bons vinhos, quanto mais tempo passa, pior fica. Os elementos que fizeram com que ela fosse elevada, há poucos anos, como que sumiram. As realizações de seu governo, decisivas para que o país estivesse hoje melhor, ficaram secundárias, frente à antipatia com que é visto pela maioria das pessoas.


E Lula? Não só sua avaliação média, nos últimos dois anos, ganha de goleada da que todos tiveram, quanto os ultrapassa nos seus picos de popularidade. Ou seja, o Lula do dia a dia é mais bem avaliado que o Sarney do Cruzado, o Collor de antes da posse, o Itamar do dia da posse, o FHC do Plano Real, mas..


Mas, deixando de lado as explicações que têm sido aduzidas para esse fenômeno, de uma coisa podemos estar certos: a campanha eleitoral de 2010 só vai fazer com que Lula fique maior. Do lado de Dilma, sua figura será enaltecida a ponto de se confundir com os arcanjos e os querubins. Sua campanha dirá que a obra de Lula é extraordinária, para justificar sua proposta de apenas mantê-la. Do lado de Serra, ele mesmo têm afirmado que pretende polemizar é com Dilma, pois quer tudo, menos se defrontar com o presidente Lula, porém....


Porém, Lula que levar para o prebicito e fazer comparações entre seus 8 anos de governo X aos 8 anos de FHC, e se Dilma ganhar, algo que hoje parece muito possível, teremos criado, em Lula, uma figura que nossa imaginação política não conhecia, mas que nossa cultura está preparada para absorver: um líder inconteste, legitimado por um apoio popular quase unânime. Querendo, voltaria à Presidência quantas vezes pudesse.O perigo é que, nesse ponto, só sua convicção democrática nos separaria de outra aventura autoritária. Ainda bem que a tem e não se rendeu as benesses do poder, pois como ele sempre diz a alternância de poder é a essência da democracia, porém...


Porém, o FHC se apegou a essa benesses e quebrou a essência da democracia, pois na única oportunidade que teve mexeu na regra do jogo e no meio dele, alterando a constituição e dando direito a reeleição, o qual Lula sempre foi contra, mas também se beneficiou da mudança, mas resistiu bravamente em concorrer a um 3° mandado, mostrando a maturidade politica de nosso presidente, por isso, é tão respeitado no mundo inteiro. post do Correio Brasilense, com ajuste do Blog do U.

Entrega das ambulâncias SAMU 192, em Tatuí-SP.

BLOG DO U: A entrega das ambulâncias do SAMU192, foi o maior sucesso, pois lá estava o presidente Lula, ele fez a entrega simbólica, vejam as fotos, depois falo sobre o assunto em outro post. Fotos blog do Hamilton Pereira deputado estadual pelo PT de São Paulo.




O JEITO SERRA DE GOVERNAR II, CUIDANDO DE GENTE.






BLOG DO U:

O JEITO SERRA DE GOVERNAR, CUIDANDO DE GENTE







BLOG DO U:

O que a justiça suíça diz










BLOG DO U: O que a justiça suíça diz
Suíços acusam Alstom inglesa de corrupção
Segundo promotores, filial foi usada para pagar propina a políticos brasileiros; nomes e valores não foram revelados MARIO CESAR CARVALHO

DA REPORTAGEM LOCAL

A filial inglesa da Alstom foi usada para pagar propina a políticos brasileiros, segundo informações extraoficiais de promotores suíços transmitidas às autoridades brasileiras que investigam a empresa.
O valor das comissões e os nomes dos beneficiados não foram informados.
A Alstom está sob investigação no Brasil sob suspeita de ter pago comissão ilícita para obter obras públicas em São Paulo a partir de 1995. Nesse período, o Estado foi governado pelo PSDB. Estão sob investigação contratos do governo com o Metrô e a Eletropaulo. As empresas negam ter cometido irregularidades.

sexta-feira, 26 de março de 2010

A FOTO DO ANO, EM HOMENAGEM AO PROFESSOR

Fotógrafo Clayton de Souza
BLOG DO U: foto do ano: Professor carregando PM do Serra ferido (enquanto o Serra foge pro interior, para ser vaiado na entrega da samu192 por Lula e Dilma)


terça-feira, 23 de março de 2010

Em SP, aliança pró-Mercadante reúne cinco partidos


BLOG DO U: Direto do Blog de Josias do PIG;


Na bica de levar à vitrine sua candidatura ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante já dispõe de uma coligação pluripartidária.

Reunidos nesta terça (23), dirigentes de cinco legendas comprometeram-se a dar suporte a Mercadante.

Além do PT, integram a caravana: PDT, PRB, PCdoB, PR e PPL. Apertaram-se os parafusos da chapa.

Na vice, um nome a ser indicado pelo PDT. Para as duas vagas do Senado: Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB).

Assim, empurrada por Lula, Mercadante está prestes a trocar uma provável reeleição ao Senado por uma incerta disputa contra Geraldo Alckmin (PSDB).

No mais, o PT vira uma página que Ciro Gomes (PSB) não quis escrever. Agora, ou Ciro se viabiliza como candidato ao Planalto ou vai catar coquinho no Ceará.

Em São Paulo, o PSB deve apresentar o nome do neosocialista Paulo Skaf, hoje presidente da Fiesp, templo do capitalismo selvagem.

É a economia, estúpido!


BLOG DO U: Em noventa e quatro, os candidatos da oposição foram para a campanha eleitoral como quem vai para a forca. O Plano de estabilização da economia, capitaneado pelo então ministro da Fazenda do Governo Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, tinha causado uma onda de euforia na sociedade brasileira e, portanto, na nossa economia.


Um real valia um dólar. O consumo explodiu e o turismo interno também "estava bombando". Prova disso é que naquele verão tivemos quase 100% de ocupação na pousada que administrávamos no Arraial D'Ajuda, na Bahia. Ainda naquele ano, FHC foi eleito com 55% dos votos, logo no primeiro turno. Dois anos antes, a frase de um marqueteiro politico tinha sido importante para explicar a vitória do democrata Bill Clinton, na corrida à Casa Branca: "É a economia, estúpido!"


Portanto, ignorar que a economia é a chave para enteder a cabeça do eleitor, é ignorar a história. História que voltou cristalina à mente, depois que li a notícia de que os juros ao consumidor são os mais baixos desde o início da série histórica, em 1994: 41,9%. A inadimplência também cai, o que diminui o risco de emprestar e, consequentemente, fará as taxas cairem ainda mais, lá na frente. Para completar esse cenário, a economia se expande com força, a oferta de empregos aumenta, aumenta a renda e, assim, a arrecadação federal.


A inflação também parece estar controlada e o câmbio, bom o câmbio é assunto para o Nassif. Vendo do meu canto, a continuar esse sol e este céu azul no horizonte, vou ser obrigado a dizer em Outubro; e claro só posso repitir "É a economia, estúpido"

Veja só


BLOG DO U: Desculpa a de mora de postar, é que problemas de saúde com meu pai me tiraram o tempo de que dispunha a posta no blog, alias estou de folga hoje porque meu cunhado está ficando com ele no hospital para mim....porem...


Porem, o que me traz aqui não é a saúde do meu pai, mas sim a saúde de uma revista de circulação nacional, coisa muito seria que esta sendo dectada em todo país, mas que senti a verdadeira profundidade aqui na minha terrinha na padaria da cidade.


Vejá como ocorreu minha descoberta;

- Hoje é só o sorvete? perguntou a caixa muito educada.
- É sim. Por que tanta revista aqui numa terça-feira à noite? perguntei.
- É encalhe, respondeu.
- Mas tudo isso?
- É, tem sobrado muita. Quando é capa assim, então, falando de política é pior. Quando o assunto é saúde, beleza, até que sobra menos.
- E a editora não reclama de levar tudo isso de volta?
- Hoje em dia não. Logo que eu entrei aqui, o distribuidor pegava no pé do patrão, se sobrava muita. Vivia ameaçando de diminuir a cota e tal. Mas de uns tempos para cá, não. Teve época em que, dependendo da capa, não dava nem para o domingo. Agora, o distribuidor até pede para deixar umas a mais.
- Como assim?
- É que eles incentivam os pontos bons.
- Ah. E esse é um ponto bom?
- É o melhor da cidade.
- É mesmo?
- É o que o distribuidor disse.
- E quanto é a cota de vocês?
- Oitenta.
- Oitenta?
- É.
- Bom, pelo visto aqui vai sobrar mais da metade...
- Até sábado vende mais algumas.
- Ah. Você sabe quantos moradores tem aqui na nossa cidade?
- Cinquenta mil.
- E não acha oitenta revistas pouco?
- Acho. Isso sem contar os que pegam só para fazer tipo.
- Como assim?
- Tem uns que querem mostrar que têm informação, que são inteligentes, descolados, sabe? Esses levam, mas nem lêem.
- É mesmo? Como sabe disso?
- Já trabalhei em casa de família em condomínio. Fica lá e ninguém dá a mínima. Também, o dinheiro está sobrando, né, nem liga...

Blog do U: Sou do tempo em que Revista Veja faltava (olha só como a foto é pequenininha, pobrezinha). A gráfica não dava conta de rodar tanta... Certas edições passavam de mão em mão. Textos eram intercambiados. Durante o final da década de oitenta, por exemplo, era leitura obrigatória.
Não dava para começar a semana, numa capital, grande cidade ou cidade mediana como a nossa, sem ter lido, ao menos, a entrevista das páginas amarelas. Hoje, nem o leitor padrão se interessa mais. Perdeu relevância. A tiragem só não cai mais porque o governo do estado andou assinando uns exemplares para distribuir na rede pública de educação, e dar uma forcinha. Mas os professores esconde a resvista de vergonha dos alunos, pelo menos foi que me falram. Mas é um hábito em desuso. Também, viram como hoje ela é mal feita, indigesta?
Não é por acaso que, agora, deram para gritar, na esperança que alguém os ouça. Podia jurar que a Luiza Erundina foi eleita com aquela capa do operário morto. Como podia jurar que um dia eles lançaram ao poder um certo Caçador de Marajás. Triste fim para quem já foi o espelho da pequena classe média brasileira... Quero só ver quantos estarão no funeral. Se bobear, nem os assinantes.

domingo, 14 de março de 2010

Operação “Tempestade no Cerrado” - O que fazer?



BLOG DO U: O PT é um partido sem mídia...
O PSDB é uma mídia com partido...


Por Mauro Carrara....


“Tempestade no Cerrado”: é o apelido que ganhou nas redações a operação de bombardeio midiático sobre o governo Lula, deflagrada nesta primeira quinzena de Março, após o convescote promovido pelo Instituto Millenium.

A expressão é inspirada na operação “Tempestade no Deserto”, realizada em fevereiro de 1991, durante a Guerra do Golfo. [...]

Liderada pelo general norte-americano Norman Schwarzkopf, a ação militar destruiu parcela significativa das forças iraquianas. Estima-se que 70 mil pessoas morreram em decorrência da ofensiva.

A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Roussef e contra o Partido dos Trabalhadores.

A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações.

As conversas tensas nos "aquários" do editores terminam com o repasse verbal da cartilha de ataque.

1)Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet.

2)Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata.

3)Ressuscitar o caso “Mensalão”, de 2005, e explorá-lo ao máximo. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã.

4)Elevar o tom de voz nos editoriais.

5)Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de “censura”.

6)Selecionar dados supostamente negativos na Economia e isolá-los do contexto.

7)Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias.

8)Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.

Quem está por trásParte da estratégia tucano-midiática foi traçada por Drew Westen, norte-americano que se diz neurocientista e costuma prestar serviços de cunho eleitoral.

É autor do livro The Political Brain, que andou pela escrivaninha de José Serra no primeiro semestre do ano passado.

A tropicalização do projeto golpista vem sendo desenvolvida pelo “cientista político” Alberto Carlos Almeida, contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo.

Almeida escreveu Por que Lula? e A cabeça do brasileiro, livros que o governador de São Paulo afirma ter lido em suas madrugadas insones.

O conteúdoAs manchetes dos últimos dias, revelam a carga dos explosivos lançados sobre o território da esquerda.Acusam Lula, por exemplo, de inaugurar uma obra inacabada e “vetada” pelo TCU.

Produzem alarde sobre a retração do PIB brasileiro em 2009.Criam deturpações numéricas.

A Folha de S. Paulo, por exemplo, num espetacular malabarismo de ideias, tenta passar a impressão de que o projeto “Minha Casa, Minha Vida” está fadado ao fracasso.

Durante horas, seu portal na Internet afirmou que somente 0,6% das moradias previstas na meta tinham sido concluídas.

O jornal embaralha as informações para forjar a ideia de que havia alguma data definida para a entrega dos imóveis.

Na verdade, estipulou-se um número de moradias a serem financiadas, mas não um prazo para conclusão das obras. Vale lembrar que o governo é apenas parceiro num sistema tocado pela iniciativa privada.

A mesma Folha utilizou seu portal para afirmar que o preço dos alimentos tinha dobrado em um ano, ou seja, calculou uma inflação de 100% em 12 meses.

A leitura da matéria, porém, mostra algo totalmente diferente. Dobrou foi a taxa de inflação nos dois períodos pinçados pelo repórter, de 1,02% para 2,10%.Além dos deturpadores de números, a Folha recorre aos colunistas do apocalipse e aos ratos da pena.

É o caso do repórter Kennedy Alencar. Esse, por incrível que pareça, chegou a fazer parte da assessoria de imprensa de Lula, nos anos 90.

Hoje, se utiliza da relação com petistas ingênuos e ex-petistas para obter informações privilegiadas. Obviamente, o material é sempre moldado e amplificado de forma a constituir uma nova denúncia.

É o caso da “bomba” requentada neste março. Segundo Alencar, Lula vai “admitir” (em tom de confissão, logicamente) que foi avisado por Roberto Jefferson da existência do Mensalão.

Crimes anônimos na Internet.

Todo o trabalho midiático diário é ecoado pelos hoaxes distribuídos no território virtual pelos exércitos contratados pelos dois partidos conservadores.

Três deles merecem destaque...

1)O “Bolsa Bandido”. Refere-se a uma lei aprovada na Constituição de 1988 e regulamentada pela última vez durante o governo de FHC. Esses fatos são, evidentemente, omitidos. O auxílio aos familiares de apenados é atribuído a Lula. Para completar, distorce-se a regra para a concessão do benefício.

2)Dilma “terrorista”. Segundo esse hoax, além de assaltar bancos, a candidata do PT teria prazer em torturar e matar pacatos pais de família. A versão mais recente do texto agrega a seguinte informação: “Dilma agia como garota de programa nos acampamentos dos terroristas”.

3)O filho encrenqueiro. De acordo com a narração, um dos filhos de Lula teria xingado e agredido indefesas famílias de classe média numa apresentação do Cirque du Soleil.

O que fazer?

Sabe-se da incapacidade dos comunicadores oficiais. Como vivem cercados de outros governistas, jamais sentem a ameaça. Pensam com o umbigo.Raramente respondem à injúria, à difamação e à calúnia. Quando o fazem, são lentos, pouco enfáticos e frequentemente confusos.

Por conta dessa realidade, faz-se necessário que cada mente honesta e articulada ofereça sua contribuição à defesa da democracia e da verdade.São cinco as tarefas imediatas...

1)Cada cidadão deve estabelecer uma rede com um mínimo de 50 contatos e, por meio deles, distribuir as versões limpas dos fatos. Nesse grupo, não adianta incluir outros engajados. É preciso que essas mensagens sejam enviadas à Tia Gertrudes, ao dentista, ao dono da padaria, à cabeleireira, ao amigo peladeiro de fim de semana. Não o entupa de informação. Envie apenas o básico, de vez em quando, contextualizando os fatos.

2)Escreva diariamente nos espaços midiáticos públicos. É o caso das áreas de comentários da Folha, do Estadão, de O Globo e de Veja. Faça isso diariamente. Não precisa escrever muito. Seja claro, destaque o essencial da calúnia e da distorção. Proceda da mesma maneira nas comunidades virtuais, como Facebook e Orkut. Mas não adianta postar somente nas comunidades de política. Faça isso, sem alarde e fanatismo, nas comunidades de artes, comportamento, futebol, etc. Tome cuidado para não desagradar os outros participantes com seu proselitismo. Seja elegante e sutil.

3)Converse com as pessoas sobre a deturpação midiática. No ponto de ônibus, na padaria, na banca de jornal. Parta sempre de uma concordância com o interlocutor, validando suas queixas e motivos, para em seguida apresentar a outra versão dos fatos.

4)Em caso de matérias com graves deturpações, escreva diretamente para a redação do veículo, especialmente para o ombudsman e ouvidores. Repasse aos amigos sua bronca.

5)Se você escreve, um pouquinho que seja, crie um blog. É mais fácil do que você pensa. Cole lá as informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA,Grupo Beatrice, entre outros. Mesmo que pouca gente o leia, vai fazer volume nas indicações dos motores de busca, como o Google. Monte agora o seu.

A guerra começou. Não seja um desertor

A educação pede socorro


BLOG DO U: Cerca de 40 mil professores da rede estadual de ensino, reunidos em assembléia ontem na capital paulista, decidiram dar continuidade à greve deflagrada no dia 5 de março. Numa manifestação de união da categoria, os professores fizeram passeata na Avenida Paulista, desmoralizando a versão propagada pelo governo Serra e setores da mídia de que a greve teria atingido apenas 1% dos professores. Ta aí a foto que não mente.


Mais do que uma reivindicação justa dos professores por reajuste salarial, o movimento reivindica um plano de carreira para a categoria, defende a dignidade do magistério e a qualidade na educação, que todos sabemos piora a cada ano no Estado de São Paulo. E o mais grave é a omissão da mídia na cobertura dos fatos, mostrando que temos um jornalismo de rabo preso e provinciano.
Como diz o meu amigo e Jornalista PHA o PIG (partido da imprensa golpista) está não de rabo preso com o PSDB, mas com o corpo todo a ponto de demitir essa semana dois brilhantes repórteres, só porque eles deram notas contraria ao editorial do jornal a Folha de São Paulo, pode isso.


Fotos: Apeoesp

terça-feira, 9 de março de 2010

Aviso aos navegantes

BLOG DO U: Antonio Donato e José Américo sontam nota sobre o caso Bancoop segue abaixo;
O resultado da última pesquisa Datafolha, que apontou crescimento da pré-candidata petista, Dilma Roussef, deflagrou uma crise na candidatura da oposição tucana. Depois de navegar durante meses em águas tranqüilas, como líder absoluto das pesquisas, José Serra perdeu a sua condição de favorito e a maioria dos analistas passou a considerar a candidata de Lula como a mais provável vencedora. O vigor de sua candidatura é demonstrado por uma leitura mais atenta da própria pesquisa, feita por seus coordenadores e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, que reconhece a existência de uma parcela considerável do eleitorado que deseja votar no (a) candidato (a) de Lula, mas que, por falta de informação, ainda não sabe quem o presidente apóia.A reação desesperada dos tucanos ao buscar apoio em Aécio Neves, oferecendo-lhe a candidatura vice, acentuou ainda mais a desestabilização de Serra, na medida em que o mineiro não só declinou da proposta como repeliu qualquer insinuação de que sua negativa poderia transformá-lo em responsável pelo insucesso tucano nas eleições de outubro. Para atrapalhar ainda mais os seus planos, não teve nenhum eco na população – e pesquisa também mostra isso – a tática tucana de contrapor Serra a Dilma, desligando a candidata petista dos oito anos do governo Lula e do papel destacado que ele teve para o seu sucesso e enorme aprovação popular.
A “operação Bancoop”, baseada na reativação de uma história antiga – e que até agora sequer motivou denúncia do MP à Justiça — mostrou uma bem orquestrada articulação de alguns setores da imprensa com o pedido de uma CPI na Assembléia Legislativa. Os tucanos e seus aliados ofereceram uma demonstração de como vão trabalhar na disputa eleitoral deste ano. O objetivo não é só desgastar o PT para obter dividendos eleitorais como também de atacar conquistas do povo brasileiro, além de desarticular e criminalizar os movimentos sociais, numa prévia do que fariam caso voltassem a governar o Brasil.
O editorial do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira ( 09/03) traduz o plano belicoso contra Dilma e o PT urdido pelos articuladores da candidatura de Serra. Pela lógica do editorial, que processa, julga e condena sem direito de defesa, o PT é o “partido da bandidagem”. Trata-se de uma peça de ataque altamente partidarizada, estranha a um espaço jornalístico, mesmo se tratando de uma página de opinião, pela quantidade de grosserias, manipulação e inverdades ali contidas.Não estamos diante de um suposto “revezamento” democrático ( como aconteceu com a chegada de Lula ao Planalto, sem revanchismos ou caça às bruxas) mas de um movimento que pretende a destruição das organizações sociais e do próprio PT, caso a oposição viesse a vencer as eleições de outubro. Montagens grotescas como esta que acabamos de presenciar estão entre as armas mais usadas pelos setores conservadores neste tipo de luta. Afinal, estão acostumados a manipular, caluniar e desqualificar os seus opositores quando os seus privilégios são ameaçados.
A estratégia eleitoral desta turma, que integra o núcleo dirigente do bloco conservador que sustenta a candidatura Serra, será combinar a guerra suja baseada em operações como a da “Bancoop” com proclamações conciliatórias, marcadas pelas promessas de manter o que foi bom — e melhorar o que não foi tão bom assim; além de cínicas bajulações ao mito Lula.Protestamos contra este exemplo de campanha suja que compromete e atrapalha o processo democrático em nosso país. O Brasil experimentou um avanço extraordinário nos quase oito anos de governo Lula e ao povo brasileiro interessa debater propostas e soluções que possam dar continuidade ao seu trabalho. Ou, no caso daqueles que discordam, é desejável que apresentem as suas, para que o povo democraticamente possa fazer a sua escolha.

Antonio Donato, Vereador e presidente do Diretório Municipal do PT de São Paulo

José Américo, Vereador e líder da bancada da Câmara Municipal de São Paulo

Nota do Partido dos Trabalhadores

BLOG DO U: Segue a nota; Leia abaixo nota divulgada nesta terça-feira (9) pelo presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra:
Nota do Partido dos Trabalhadores

É com perplexidade e absoluta indignação que o Partido dos Trabalhadores vem acompanhando a escalada de ataques mentirosos, infundados e caluniosos por parte de alguns órgãos da imprensa a partir de matéria sensacionalista publicada na última edição da revista Veja.

O mais absurdo desses ataques se deu hoje, terça-feira (9), quando o jornal O Estado de S.Paulo usou seu principal editorial para acusar o PT de ser “o partido da bandidagem” – extrapolando todos os limites da luta política e da civilidade sem qualquer elemento que sustente sua tese.

O PT tem uma incontestável história de lutas em defesa da democracia, da cidadania, da justiça e das liberdades civis. Nasceu dessas lutas, se consolidou a partir delas e, nos governos que conquistou, tem sido o principal promotor da idéia de um Brasil efetivamente para todos, com absoluto respeito às instituições democráticas, às regras do jogo político e ao direito fundamental à liberdade de opinião e expressão.

Para nós, a diversidade de opiniões é a essência não só da democracia, mas também do próprio PT. Devemos a essa característica, em grande parte, o sucesso de nosso projeto de país, cujo apoio majoritário da população se dá em oposição aos interesses da minoria que nos ataca.

Nem o PT nem a sociedade brasileira podem aceitar o baixo nível para o qual parte da mídia ameaça levar o embate político às vésperas de mais uma eleição presidencial. O Brasil não merece isso. A democracia não merece isso. A liberdade de imprensa, defendida pelo PT mais do que por qualquer outro partido, não merece que façam isso em nome dela.

O PT não entrará nesse jogo, no qual só ganham aqueles que têm pouco ou nenhum compromisso com a democracia. Mas buscará, pelas vias institucionais, a devida reparação judicial pelas infâmias perpetradas contra o partido e seus milhões de militantes nos últimos dias.

Acionaremos judicialmente o jornal o Estado de S.Paulo, pelo editorial desta terça, e a revista Veja, pela matéria que começou a circular no último sábado. Também representaremos no Conselho Nacional do Ministério Público contra o promotor José Carlos Blat, fonte primária de onde brotam as mentiras, as ilações, as acusações sem prova e o evidente interesse em usar a imprensa para se promover às custas de acusações desprovidas de qualquer base jurídica ou factual.

José Eduardo DutraPresidente Nacional do PT

segunda-feira, 8 de março de 2010

Feliz dia da Mulher.


BLOG DO U: Mulheres - Pablo Neruda
Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.
Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.
Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.


É ideológica reação à greve de professores.



BLOG DO U: Ridícula, inconsistente e - ela sim - política e ideológica, a acusação do governo José Serra e de seu secretário de Educação, deputado Paulo Renato Souza (PSDB-SP), de que a greve dos professores do Estado de São Paulo, decretada nessa 6ª feira e a ser deflagrada é política e estimulada pelo PT.




Enquadrar dessa forma a paralisação de uma categoria de 210 mil professores em todo o Estado, aprovada em assembléia de 10 mil participantes, como fez o governo tucano paulista em nota oficial é simplificar a questão, fugir do diálogo com o magistério e, mais que isso, não ter a menor consideração e respeito pelos profissionais do ensino.




Mas, em se tratando do governo Serra, continuidade do tucanato que há 16 anos governa o Estado, nada surpreende. Aliás, 16 anos, ou 28 anos, se contadas as gestões Serra, Geraldo Alckmin, Mário Covas e Franco Montoro, mais as de Orestes Quércia - que elegeu Luiz Antônio Fleury Filho - agora aliado de primeiro linha do serrismo.




Sucatearam a Educação em São Paulo




Dezesseis - ou 28 anos - anos de fracasso do tucanato na Educação paulista destroçaram o ensino no Estado mais desenvolvido do país reduzindo-o a um nível jamais visto, conforme atestam os exames e avaliações periódicas cujos resultados medonhos assustam sempre mais a cada vez que são divulgados.




Com a greve, merecedora de todo apoio, o professorado paulista reivindica 34,4% de aumento salarial: incorporação de gratificações - expediente largamente utilizado por governo tucano para não reajustar salário; e o fim da prova para escolha de temporários - estes, resultado da bagunça a que o tucanato reduziu o quadro do magistério do Estado.




São reivindicações justas. O governo paulista precisa acabar com o instituto das gratificações, dar aumentos efetivos de salário, negociar de verdade, de forma a possibilitar a participação dos interessados na solução do problema - dos professores aos pais de alunos, além da comunidade como um todo - na reforma da Educação.

quarta-feira, 3 de março de 2010

SENADOR TASSO JEREISSATI: ISSO NÃO É FUNÇÃO DA BOLSA FAMÍLIA! E É UM EQUÍVOCO CONCEITUAL!


BLOG DO U: 1. O Bolsa Família é um programa de renda mínima com vinculações a obrigações sociais em relação ao filho estar na escola, ser vacinado, etc. Dirige-se a famílias abaixo da linha de pobreza e em especial a nível de indigência. São famílias, em geral, dirigidas pela mulher, com vários filhos. A vinculação à escola é um elemento que ajuda a reduzir a evasão, permite que dentro da escola, a criança identificada no cadastro tenha uma atenção focalizada da direção da escola e sua professora.


2. Vincular valores de Bolsa Família ao aproveitamento do aluno na escola, suas notas e avaliações, é um grave equívoco conceitual. Essa é tarefa da escola que em programas dos estados e municípios e com apoio federal, podem criar estímulos que reconheçam o desempenho do aluno. Incluir isso no Bolsa Família é confundir assistência social com educação. E ainda criar insegurança em relação ao programa. Não ajuda seu candidato a presidente.


3. Vincular a vida escolar de uma criança ao dever de ter resultado para poder o pai ou a mãe ganhar um plus, é denovo transferir para a criança o dever de sustentar a família, como outrora erá feito na classe pobre deste país, onde crianças trabalhavam para ajudar no sustento de sua família.