domingo, 20 de fevereiro de 2011

Artigo de Dilma escrito para a Folha, acaba sendo desconcertante para o jornalão



BLOG O MURAL: O jornal Folha de São Paulo comemora 90 anos de demo-tucanismo, e resolveu pedir à presidenta Dilma um artigo.
Dilma atendeu com cordialidade, mas o artigo é escrito com uma inteligência ferina que, ainda que não tenha sido intencional, tem trechos desconcertantes para os donos e colunistas demo-tucanos do jornal.
O artigo fala sobre o Brasil do passado, do presente e do futuro, com foco na sociedade do conhecimento e do respeito ao meio-ambiente. Não menciona o jornalão da ditabranda (nem elogia, nem critica), mas, de forma elegante, tem trechos que caem como uma luva sobre a atuação da Folha nos 90 anos de existência, como jornal da "elite pensante" do Brasil demo-tucano arcaico, injusto, excludente e da ditabranda.
De quebra fala sobre democratização do conhecimento (o que pressupõe democratização dos meios de comunicação), e que o grande "formador do cidadão" é o educador (que ensina o cidadão a formar opinião por si mesmo).
Segue a íntegra do artigo da nossa Presidenta.
País do conhecimento, potência ambiental
por DILMA ROUSSEFF
Hoje, já não parece uma meta tão distante o Brasil se tornar país economicamente rico e socialmente justo, mas há grandes desafios pela frente, como educação de qualidadeHá 90 anos, o Brasil era um país oligárquico, em que a questão social não tinha qualquer relevância aos olhos do poder público, que a tratava como questão de polícia.
O país vivia à sombra da herança histórica da escravidão, do preconceito contra a mulher e da exclusão social, o que limitou, por muitas décadas, seu pleno desenvolvimento.Mesmo quando os grandes planos de desenvolvimento foram desenhados, a questão social continuou como apêndice e a educação não conquistou lugar estratégico. Avançamos apenas nas décadas recentes, quando a sociedade decidiu firmar o social como prioridade.
Contudo, o Brasil ainda é um país contraditório. Persistem graves disparidades regionais e de renda. Setores pouco desenvolvidos coexistem com atividades econômicas caracterizadas por enorme sofisticação tecnológica. Mas os ganhos econômicos e sociais dos últimos anos estão permitindo uma renovada confiança no futuro.
Enorme janela de oportunidade se abre para o Brasil. Já não parece uma meta tão distante tornar-se um país economicamente rico e socialmente justo. Mas existem ainda gigantescos desafios pela frente. E o principal, na sociedade moderna, é o desafio da educação de qualidade, da democratização do conhecimento e do desenvolvimento com respeito ao meio ambiente.
Ao longo do século 21, todas as formas de distribuição do conhecimento serão ainda mais complexas e rápidas do que hoje.Como a tecnologia irá modificar o espaço físico das escolas? Quais serão as ferramentas à disposição dos estudantes? Como será a relação professor-aluno? São questões sem respostas claras.
Tenho certeza, no entanto, de que a figura-chave será a do educador, o formador do cidadão da era do conhecimento.Priorizar a educação implica consolidar valores universais de democracia, de liberdade e de tolerância, garantindo oportunidade para todos. Trata-se de uma construção social, de um pacto pelo futuro, em que o conhecimento é e será o fator decisivo.
Existe uma relação direta entre a capacidade de uma sociedade processar informações complexas e sua capacidade de produzir inovação e gerar riqueza, qualificando sua relação com as demais nações.No presente e no futuro, a geração de riqueza não poderá ser pautada pela visão de curto prazo e pelo consumo desenfreado dos recursos naturais. O uso inteligente da água e das terras agriculturáveis, o respeito ao meio ambiente e o investimento em fontes de energia renováveis devem ser condições intrínsecas do nosso crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável será um diferencial na relação do Brasil com o mundo.Noventa anos atrás, erramos como governantes e falhamos como nação.
Estamos fazendo as escolhas certas: o Brasil combina a redução efetiva das desigualdades sociais com sua inserção como uma potência ambiental, econômica e cultural. Um país capaz de escolher seu rumo e de construir seu futuro com o esforço e o talento de todos os seus cidadãos.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Depois da privataria, o "macrogato"


BLOG O MURAL: O tucanato vendeu o patrimônio da Viúva e agora sugere que a patuleia compre geradores de energia, é o "jeito PSDB de governar". Veja o que diz Elio Gaspari em sua coluna do jornal folha.


O secretário de Energia do governo de São Paulo, José Aníbal (PSDB-SP), anunciou que shoppings centers, empreendimentos comerciais e conjuntos habitacionais "vão ter que ter" geração própria para evitar apagões. Nas suas palavras:"Nos momentos de pico, eles saem da rede e fazem geração própria. Vai ter que trabalhar nisso. Isso não é só saudável do ponto de vista do conjunto do sistema, como é prudente do ponto de vista das insuficiências da transmissão da empresa que está aí. Vamos estimular".


O que o doutor propõe é um salto para o século 19, com a criação de um sistema avulso de geração de energia elétrica, o "macrogato". Um absurdo ambiental, porque os geradores queimam óleo diesel; econômico, porque o equipamento de um edifício residencial custa algumas dezenas de milhares de reais; e financeiro, porque o freguês gastará com a manutenção da máquina enquanto ela estiver parada.


Tudo isso e mais a pontual conta de uma energia que às vezes vem, mas pode não vir. Há 12 anos, quando o tucanato vendeu a Eletropaulo, prometiam-se rios de mel. Os novos donos fariam investimentos, o sistema melhoraria e todo mundo ficaria feliz, até porque a estatal se tornara um ninho de espertalhões.


Em 1998, a Eletropaulo foi vendida pelo preço mínimo porque um dos arrematantes, a AES, tinha um contrato de gaveta com o consórcio rival da Enron. O BNDES financiou os compradores e, já no governo petista, a AES não pagou uma dívida de US$ 336 milhões. Resolveu-se o calote espichando-se o prazo do empréstimo. (Entre 1998 e 2001, a AES remeteu aos seus acionistas internacionais US$ 318 milhões.)


A privataria tucana transformou-se na privataria petista, subordinando o Ministério de Minas e Energia, bem como a Aneel, ao aparelho dos companheiros-empresários.Por conta da decadência do sistema elétrico ("o melhor do mundo", para o ministro Edison Lobão), pode-se estimar que haja em São Paulo algo como 20 mil geradores instalados até mesmo em restaurantes e edifícios residenciais. No Rio podem ser 5.000. Essa gambiarra degenera o sistema, remunera a inépcia e derruba a produtividade da economia. Num país onde os cidadãos pagam duas vezes pela educação e pela saúde (uma para a Receita e outra para a rede privada), o doutor José Aníbal apresenta a matriz energética do "gato". Vale lembrar que o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, era o presidente do Conselho Diretor do Programa de Desestatização do Estado quando a Eletropaulo foi vendida.


O sistema elétrico brasileiro, como o ferroviário e o de telefonia, já foi privado, passou para a Viúva e retornou ao mercado. Em tese, o empresário presta o serviço, recebe tarifas, investe e remunera-se. Na prática, uma relação incestuosa entre os operadores e o Estado resulta no desestímulo aos investimentos e na degradação dos serviços. Nessa hora, se a empresa é pública, privatiza-se. Se é privada, estatiza-se. Na ida ou na volta, alguns maganos fazem a festa.


Quando o secretário de Energia de São Paulo sugere a criação de um "gato" de geradores, pode-se suspeitar que a estatização passou a ser vista como um bom negócio pelos concessionários beneficiados pela privataria.


(Elio Gaspari - Folha)

Uma ousadia chamada Dilma


BLOG O MURAL: Dilma enfatizou, em sua posse, que seu compromisso é erradicar a fome e a miséria e temos tudo para alcançar este objetivo. Leia o texto do Deputado Devanir Ribeiro:


A presidenta Dilma Rousseff está apenas iniciando seu mandato, mas São Paulo pode ficar tranqüila que continuará contando com o empenho do governo federal para o seu desenvolvimento e para a melhoria da qualidade de vida dos paulistanos. Sob a batuta do ex-presidente Lula, o Brasil cresceu e alcançou um patamar econômico que deu nova feição ao país. Com Dilma, tenho certeza que não será diferente.

Com Lula, programas como o Prouni e o Bolsa Familia possibilitaram acesso diverso à milhares de famílias. A indústria cresceu mais, o comércio e o setor de serviços experimentaram aumento significativo do faturamento, a geração de empregos bateu sucessivos recordes, cresceu a renda per capita do brasileiro (30 milhões saíram da linha da pobreza; 20 milhões mudaram de classe social) e foi, de fato, reduzida a desigualdade social.A gestão Lula também tratou de fazer investimentos importantes, beneficiando sem distinção todas as regiões do país. No caso do município de São Paulo, por exemplo, a União injetou, através do PAC e do BNDES, recursos em obras como o trecho Sul do Rodoanel, a conclusão do Expresso Tiradentes, expansão da Linha 2 – Verde do Metrô, a recuperação do entorno das represas Guarapiranga e Billings, o saneamento e a reurbanização de diversas áreas e muito mais.

A presidenta Dilma herdou um país nos trilhos e com credibilidade internacional. Seu compromisso é de dar continuidade ao bom trabalho que ela própria como Ministra Chefe da Casa Civil desenvolveu ao lado de Lula e fazer muito mais, especialmente em educação, saúde, saneamento, ciência e tecnologia – parte disto com os recursos do Pré-Sal, o bilhete premiado que o Brasil ganhou. Dilma enfatizou, em sua posse, que seu compromisso é erradicar a fome e a miséria e temos tudo para alcançar este objetivo.

E o que a cidade de São Paulo pode esperar do governo Dilma? A presidenta já deixou claro que o governo federal continuará aportando recursos para nossa cidade, independente de o prefeito ser filiado a um partido de oposição, mesmo modelo adotado por Lula. Podemos citar, por exemplo, projetos já aprovados que Dilma implantará na área de Educação como a Universidade Federal na Zona Sul e na Zona Leste, além de Escolas Técnicas entre tantas outras iniciativas e projetos em fase de implementação.

Como Deputado Federal e Coordenador da Bancada Paulista para as questões relativas ao Orçamento, inicio meu terceiro mandato consecutivo, colocando.me à disposição, junto com meus companheiros deputados federais por são paulo, para continuar lutando por mais recursos para nossa cidade. Precisamos debater com nossa comunidade projetos importantes que visem o desenvolvimento local e nossa vocação econômica, com qualidade de vida. Projetos estes que certamente receberão recursos do Tesouro da União.E, no momento em que o Partido dos Trabalhadores completa 31 anos de fundação (Dia 10 de fevereiro), quero aproveitar este espaço para parabenizar a todos aqueles que ajudaram a construir o nosso partido. Foram muitas lutas nesses anos todos, mas o PT estará indelevelmente associado ao processo de re-democratização no Brasil e tem mostrado, no Legislativo e no Executivo, que é possível governar quebrando paradigmas e atendendo a todas as camadas da população, mas privilegiando os mais necessitados.

O PT ousou desde o início na resistência e luta pela liberdade de expressão e na quebra de tabus, elegendo com o povo brasileiro, o primeiro operário Presidente da República, a primeira mulher Presidenta da República e operando ações profundas que marcarão para sempre a história do nosso querido país. Parabén s PT. Parabéns Dilma e o povo brasileiro.


Devanir Ribeiro é Deputado Federal por São Paulo e coordenador Geral da Bancada Paulista de Deputados na Câmara Federal.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Gleisi: mostra diferenças entre Dilma e Lula com FHC



BLOG O MURAL: Gleisi rebateu o senador serrista Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP) que, momentos antes, fez um discurso na mesma linha do PIG.Ela lembrou que o Brasil cresceu a 8% em 2010 e mostrou as diferenças entre os cortes de orçamento durante o governo FHC e os cortes propostos pela presidenta Dilma.
É gratificante vermos essa atuação firme da senadora do Paraná, em vez do ex-senador Flávio Arns que, quando estava no PT, era um tucano enrustido que fazia a alegria da oposição.

Lindberg denuncia invenção de intrigas e crises



BLOG O MURAL: BLOG O MURAL: No governo passado, de Lula, cansamos de assistir a oposição fazer um verdadeiro carnaval no Senado contra o governo, sem que houvesse defesa à altura.Uma boa novidade está sendo a atuação firme e combativa dos senadores Lindberg Farias (PT/RJ) e Gleisi Hoffmann (PT/PR), ambos estreantes no Senado.
Nesta semana, Lindberg subiu na tribuna para desmentir o noticiário do PIG maledicente que, neste primeiro momento do governo Dilma, quer desconstruir o governo Lula, gerar intrigas e inventar crises que não existem.
Ele afirma que o governo FHC é incomparável com o governo Lula. Perguntou onde está crise anunciada pela Oposição, se o Brasil continua a crescer. E citou as conquistas e o crescimento do mercado interno brasileiro.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

31 anos de PT





DA ESQUERDA PARA A DIREITA: Delúbio Soares, José Dirceu, Luiz Marinho, Olívio Dutra, José EduardoDutra, Antônio Palocci, Luiza Erundina, Tarso Genro, Marta Suplicy, Luiz Gushiken, Patrus Ananias, Lula, Jaques Wagner e José Genoino.

BLOG O MURAL: Menos ideológico e mais pragmático, o partido aprendeu a conviver com o poder. Agora discute a relação com Dilma e se prepara para reabilitar líderes abatidos na crise do mensalão, sera com certesa a volta por cima do PT.

Octávio Costa e Sérgio Pardellas – Isto é

O Partido dos Trabalhadores foi forjado pelos metalúrgicos de São Bernardo do Campo, incorporou militantes da esquerda que combateram a ditadura militar, ganhou consistência com o apoio do meio acadêmico e agora chega à maturidade. Nas três décadas de vida, deixou o sonho revolucionário para trás, tornou-se pragmático e aprendeu a se coligar para governar, abrindo espaço no poder para as legendas aliadas. Graças ao realismo da política de alianças, fundamental para as vitórias em 2006 e 2010, o PT hoje pode se vangloriar de ser o partido que por mais tempo ocupou a Presidência da República, desde a restauração da democracia no País. Em 2011, o PT inicia o nono ano à frente do Executivo federal, um a mais que o PSDB, com garantias de chegar ao 12º em 2014 e perspectivas de ficar por até 16 anos no governo, em caso de reeleição da presidente Dilma Rousseff ou da volta de Luiz Inácio Lula da Silva.

Na quinta-feira 10, em Brasília, ao comemorar seu 31º aniversário, o PT deu demonstração de força, mas também de mudança. No auditório lotado do Sindicato dos Bancários, em Brasília, as lideranças petistas, entre antigos e atuais dirigentes, reuniram-se sob o comando do ex-presidente Lula, que reestreou na cena política com status de grande chefe partidário. E receberam em festa a presidente Dilma Rousseff, a quem coube cortar o bolo. Os discursos mostraram, no entanto, que as raízes ideológicas do PT ficaram num passado distante. No próprio pronunciamento de Lula, prevaleceu o tom objetivo, com a mira assestada na próxima eleição. “É importante que a gente comece a discutir agora o que vai querer para 2012. Não deixar cada um lançar seus candidatos para depois tentar consertar, porque nós sabemos que não dá certo. Precisamos começar já a maturar as alianças que nós precisamos fazer”, afirmou Lula, que foi guindado novamente à presidência de honra do PT.

Apesar de ter sido importante para a chegada e permanência do PT no poder, o receituário mais pragmático trouxe também, além de uma dívida que hoje soma mais de R$ 50 milhões, outros dolorosos custos ao partido, que nasceu sob o signo da ética e do combate à corrupção. Entre as feridas estão o escândalo do mensalão e a adesão, quase quase automática, às velhas práticas combatidas ferrenhamente pelo partido até a virada do século, como a troca de favores e o fisiologismo. Assim, o PT passou a ser identificado não pelo que pregava na oposição, mas pelas tradicionais formas de fazer política no País. Os petistas reconhecem que mudar a percepção de que o partido passou a fazer parte da geleia geral é um dos objetivos para o futuro, sob pena de o PT desidratar quando deixar o poder. “É hora de revigorar nossos princípios, nossa forma de organização, para que o partido não perca a sua vitalidade e fique só refém da posição no poder. Precisamos fortalecer nosso processo de debate”, prega o governador da Bahia e um dos pensadores da legenda, Jaques Wagner.

Outra consequência da nova fisionomia do PT foi a perda de sua força nas cidades médias e grandes. Nas eleições municipais de 2008, por exemplo, apesar da alta popularidade de Lula, o partido saiu derrotado em importantes capitais, como São Paulo, Porto Alegre e Salvador. Em paralelo, vem ocorrendo a gradual despaulistização da legenda. Até 2002, 52% dos eleitores petistas se concentravam no Sudeste. Em 2010, esse índice caiu para 42%. Já no Nordeste, o movimento foi inverso. Eram 18% em 2002, passaram para 24% em 2006 e chegaram a 26% em 2010. No Norte, a militância dobrou de 4% para 8% em oito anos. “Com Lula no poder, o fortalecimento do PT se deu nos Estados onde foi maior o impacto das políticas sociais do governo – das quais o carro-chefe é o programa Bolsa Família”, diz o cientista político Jairo Nicolau. Obviamente, a nova balança regional também se reflete no comando do partido, com peso maior de dirigentes do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Bahia.

JUIZ
Novamente no posto de presidente de honrado partido,
Lula terá como missão apaziguar osânimos das correntes e unir o PT em torno de Dilma.
Neste movimento tombam pelo caminho importatnes e grande lideres do partido como o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e os ex-presidente e secretário-geral da legenda José Genoino e Silvinho Pereira. Agora, na fase mais madura, eles tentam trilhar o caminho de volta. Dirceu, aos poucos, retoma sua influência. Na quinta-feira 10, horas antes do ato público que comemorou o aniversário, o PT decidiu encampar uma mobilização nacional em defesa do ex-chefe da Casa Civil, já que o processo do mensalão deve ser julgado este ano pelo Supremo Tribunal Federal. “Nada provaram contra mim. Nem mesmo a acusação mais grave, de formação de quadrilha”, insistiu o ex-ministro.
Expulso em 2005, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares também luta pela reabilitação. Deve ser refiliado à legenda na próxima reunião do diretório nacional, marcada para março (leia quadro abaixo). Ele argumenta que pagou pelos equívocos políticos que cometeu e não pode ter uma pena eterna. Silvinho, que apenas se desfiliou, pode voltar a integrar a legenda quando bem entender. “Acho um absurdo fazer julgamento sobre comportamento de companheiros que estiveram sempre na luta política. As pessoas são inocentes até prova em contrário”, disse o vice-presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão (SP).
Mas no caso de Silvinho, apesar de a reintegração ser mais simples que a de Delúbio, há maior resistência interna pelo fato de ele ter tido ganhos pessoais no processo do mensalão.Em meio ao contraste entre o passado e o presente, o PT também enfrenta o desafio de unificar todas as correntes e conciliar as ambições pessoais. Com seu carisma e sua ascendência histórica sobre os companheiros, Lula, na Presidência da República, sempre foi um fator de coesão no partido. A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, ainda está aprendendo a lidar com a complexidade petista e, além disso, não se mostra disposta a interferir nas disputas internas do PT.
Não por acaso, o ex-presidente continuará exercendo papel fundamental no dia a dia da legenda. “Caberá a Lula a tarefa de convencer as tendências a trabalharem em conjunto com o governo”, diz o secretário de comunicação, André Vargas. É sabido que a eleição do deputado Marco Maia (PT-RS) para a presidência da Câmara mostrou divisões agudas na cúpula do partido. Houve bate-bocas e traições. O clima não é bom. Na disputa por cargos estratégicos nas Comissões da Câmara, na última semana, dois pesos-pesados petistas quase saíram no braço. Lula terá muito trabalho pela frente.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Dilma fala na TV na volta às aulas

BLOG O MURAL: A 1° fala da presidenta Dilma.


PLENO EMPLEGO NO BRASIL


BLOG O MURAL:Porto Feliz fecha 2010 com saldo positivo na criação de empregos e à frente de municípios da região

Porto Feliz terminou o ano de 2010 com saldo positivo na criação de novos empregos com carteira assinada. Ficou à frente de várias cidades da região, como Sorocaba, Tietê, Itu e Boituva. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

De acordo com a estatística, Porto Feliz registrou de janeiro a novembro de 2010 o saldo positivo de 1405 novos empregos com carteira assinada.

Ainda segundo os números do Ministério do Trabalho foram 6211 contratações e 4806 desligamentos gerando saldo positivo de 15,53%.

No comparativo com as cidades da região, Porto Feliz está à frente de Tietê que teve saldo positivo de 15,46%, Sorocaba com saldo de 9,44%; Itu com saldo de 9,21; e Boituva 6,36%.

Para o prefeito municipal os números demonstram que os investimentos feitos pela atual Administração têm surtido efeito. “Ficamos felizes por estarmos contribuindo para o bom momento econômico e social que o país vem atravessando e esperamos continuar desenvolvendo a nossa cidade com novos empreendimentos”, afirma.
FONTE AI


BBB o grande trunfo da globo ganhar dinheiro


BLOG O MURAL: Que tal ler a bela coluna de Fernando Verissimo!



Luiz Fernando Veríssimo)
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço... A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, héteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados.
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.
E aí vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani, da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar..., ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins..., telefonar para um amigo..., visitar os avós..., pescar..., brincar com as crianças..., namorar... ou simplesmente dormir.Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Altamiro Borges: Futebol acirra disputa Globo × Record


BLOG O MURAL:
Altamiro Borges
Uma das maiores minas de ouro da te-levisão, o Campeonato Brasileiro de Fu-tebol, está sendo palco de uma encar-niçada disputa entre as principais emis-soras do País. A TV Globo, que faz fortuna com a “preferência” na transmissão, cor-re sério risco de perder a monopólio que mantém desde os tempos sombrios da ditadura militar. A TV Record, sua prin-cipal concorrente, lidera um grupo de emissoras que se insurgiu contra este privilégio. A decisão sobre esta guerra fratricida deve sair nas próximas semanas.


Mudanças das regras no Cade
As redes de televisão têm cerca de 20 dias para entregar as propostas oficiais de exibição dos campeonatos de 2012 e 2013 para o Clube dos 13, que reúne os principais times de futebol do País. De acordo com as regras fixadas em agosto de 2010 pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Globo perdeu a “preferência” no direito de transmissão do torneio. Agora, todas as emissoras podem concorrer em pé de igualdade, embora nem todas tenham os recursos necessários para bancar tal empreitada.


As novas regras dividiram os cartolas do Clube dos 13. Alguns times defendem uma fórmula mais lucrativa de transmissão dos jogos, com a quebra do monopólio. Outros temem que o fim da exclusividade reduza o número de anunciantes e dos recursos em publicidade, e resulte em perda de audiência. A pressão da TV Globo para manter seu privilégio tem sido brutal, o que levou a Record, que também disputava a exclusividade, a propor que todos os canais se unam e comprem os direitos em conjunto.


A ousadia da TV Record
A transmissão ficaria a critério de cada emissora participante do “pacote”, assim como poderia ser alterado o horário das partidas – hoje submetido à ditadura da Globo, que penaliza os amantes do futebol. Segundo boatos, a famiglia Marinho está desesperada com a possibilidade de união das concorrentes. Seus prepostos já tentaram “seduzir” alguns dos insurgentes, mas esbarraram em dificuldades. TV Bandeirantes e RedeTV sinalizaram certa simpatia com a proposta mais “equitativa” da Record.


A rede de Edir Macedo, como de costume, não está brincando nesta disputa. Especula-se que a Record possa oferecer de R$750 milhões a R$1 bilhão pelos direitos do Campeonato Brasileiro 2012 e 2013. A emissora já tem a exclusividade da transmissão dos Jogos Pan-Americanos, em 2011, e das Olimpíadas de 2012, em Londres. Caso vença a parada, será um duro golpe no monopólio exercido durante décadas pela ex-poderosa TV Globo. A briga é encarniçada. Tem muita grana em jogo nesta contenda.

Via Blog do Miro

O império está nu


BLOG O MURAL: "Colonistas" conservadores no Brasil, aqueles que bem conhecemos, Jabour, Mainard, Reinaldo Azevedo e cia, os mesmos que acusavam que a cada ato mais banal dos governos latino-americanos de esquerda havia ameaças apocalípticas contra a liberdade, democracia e estado de direito, agora recebem docilmente o espancamento de jornalistas, roubo de câmaras e filmadoras além de ameaças e xingamentos dos militantes pró-Mubarak. Assistem sem demonstrar nenhuma comoção a realização concreta daquelas denúncias vazias.


Eles não gritam mais, eles não se incomodam, ele não se constragem, na verdade eles ainda preferem o porrente pró-americano de Mubarak do que a liberdade não colonizada dos governos de esquerdas. Vemos agora que toda sua verborrágica e hipócrita carga humanista, democrática e liberal-política cair como uma máscara sob o rosto disforme do mais descarado e colonizado pró-americanismo.


A história é uma juíza implacável, não há eufemismo nem dubiedade em suas sentenças, mas por vezes consegue alcançar uma fina ironia que guilhotina a hipocrisia com precisão cirúrgica. O nascimento é uma passagem violenta e é o sangue egípcio que banhará a nova bandeira da democracia árabe, não há mais como deter, "o que tem de ser tem muita força".


O que está em jogo para esses "colonistas" não é apenas o fato de que o império não só está perdendo o principal, mais poderoso e mais estratégico sustentáculo da geopolítica imperial no Oriente Médio, nem mesmo o fato de que agora está totalmente desnudado a farsa da propaganda democrática dos EUA, que as vezes se auto-denomina Ocidente ou Comunidade Internacional. O que mais o incomoda é que está desmanchando regimes fortemente neoliberais, a última esperança neoliberal, a sua última auto-ilusão: a de que o neoliberalismo ocidental estava em crise porque estaria submetido a "regimes fracos". Caiu a alternativa anti-democrática ao neoliberalismo.


Com a crise dos regimes ditatoriais neoliberais, não cai apenas a máscara do império, não apenas se desmancha no ar toda a geopolítica imperial na região, favorecendo diretamenta ao inimigo até então isolado, o Irã, mas cai o último bastião geopolítico e ideológico do neoliberalismo. A crise do capitalismo selvagem(ou neoliberalismo) não tem mais fronteira. E todos sabem, a revolução democrática árabe no mínimo reinvindicará um Wellfare State, a questão agora é se escolherão socialismo moderado tipicamente europeu ou um comunismo revolucionário ao estilo chinês.